Gestão de pessoas – o estado da arte

Nos últimos anos muito se tem refletido sobre a gestão de pessoas nas organizações. Impõe-se a criação de novos modelos de trabalho para fazer face aos modelos anteriores que se tornam obsoletos a uma velocidade estonteante. As organizações são diariamente postas à prova na sua capacidade de resposta à era da transformação permanente que vivemos. Os avanços tecnológicos têm revolucionado profundamente o mercado de trabalho, sendo os colaboradores cada vez mais exigentes.

 

O mercado está “quente”. A atração e retenção de profissionais de excelência tem de dar resposta às novas exigências dos colaboradores sob pena de os perder para a concorrência. Hoje em dia já não basta oferecer um salário competitivo. As pessoas procuram organizações onde podem ser felizes a trabalhar. E para isso as organizações têm atualmente de pensar e planear todo o ciclo de vida do colaborador, que vai desde o recrutamento à formação, passando pela compensação e benefícios, pelo equilíbrio entre a vida pessoal e profissional até a um plano de gestão de carreiras e uma cultura de flexibilidade. A intenção não é agradar a todos, mas antes atrair aqueles que se identificam com uma cultura com um propósito e valores específicos. A questão é que esta cultura tem de se fazer sentir, tem de ser vivida e respirada no dia-a-dia. Ou seja, mais do que um onboarding surpreendente, atividades soltas de team building ou frases inspiradoras na parede, as pessoas procuram uma comunicação clara e transparente, a possibilidade de participação nas decisões, autonomia com responsabilidade e liberdade e desafios que as façam sentir crescer.

gestão de pessoas

Pandemia e uma nova modalidade de trabalho

 

Não nos vamos esquecer tão cedo que houve uma pandemia que acelerou ainda mais a evolução de novos modelos de trabalho à distância e desafiou as organizações a acompanhar as vontades e as necessidades dos trabalhadores. O trabalho remoto é hoje uma realidade generalizada que não pode ser ignorada pelas organizações. As pessoas cada vez mais desejam um modelo de trabalho full remote ou híbrido. Mas isto traz um desafio acrescido à gestão de recursos humanos: Como cuidar das pessoas à distância? Como é que se gerem equipas nesta nova modalidade de trabalho? Como é que se cria o clima organizacional?

Há negócios e funções cujo trabalho remoto não é possível e há organizações que são defensoras do trabalho presencial. Seja qual for a modalidade escolhida, o importante é que essa informação seja clara e transparente para todos. Só assim se poderá distinguir os que estão alinhados com essa forma de trabalhar, daqueles que não estão. Por isso, esta é uma informação importante a ser explicada, logo no processo seletivo.

Ouvir três gerações

 

Outro desafio que a gestão de pessoas enfrenta atualmente é a existência de pelo menos três gerações no ativo. Gerações essas que procuram e valorizam coisas muito diferentes na sua atividade laboral. A melhor maneira de dar resposta a esta situação é ouvir ativamente os colaboradores por forma a perceber o que é importante para cada um.

Vivemos na incerteza, mas uma coisa é certa, não há verdades absolutas. Os planos passaram a ter caráter trimestral dada a volatilidade que impera. E há outra coisa que se impõe: espaço para o erro. Temos de ter a humildade de assumir que não sabemos tudo e que temos de ir testando, tentando, errando e aprendendo. Só assim podemos crescer, inovar e evoluir. É desafiante? É! Mas é igualmente interessante e apaixonante.

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