O futuro do trabalho após a COVID-19?

Em março de 2020 a disseminação da COVID-19 não só em Portugal, como em todo o mundo, criou profundas alterações nas nossas vidas e no futuro do trabalho. Se no passado a exigência de estar fisicamente num escritório era algo natural, a pandemia acelerou uma transformação na vida dos trabalhadores. Assim, os conceitos de remote work, home office ou virtual meetings passaram a ocupar as suas vidas.

Com o regresso à normalidade, ainda que parcial, surge a pergunta: como será o futuro do trabalho?

A resposta mais acertada parece ser o modelo híbrido, no qual os trabalhadores dividem parte do seu horário laboral entre o escritório tradicional e as suas casas. Esta é a solução ideal para a maior parte das empresas, não apenas pela necessidade de convívio entre colaboradores, mas igualmente pela facilidade de resolver dúvidas, questões ou problemas de forma mais direta. 

Neste caso, esta solução não é apenas defendida pelas empresas, mas igualmente pelas pessoas que, ao fim de vários meses consecutivos em “home office”, sentem a necessidade de voltar a estar com os colegas de forma a promover a sua própria saúde mental e um equilíbrio sócio-emocional. 

Assim, torna-se fundamental uma redefinição do conceito de escritórios, devendo este local ser agora pensado considerando espaços mais amplos, abertos e dinâmicos com o objetivo de promover a motivação, a concentração, a interação e o bem-estar dos colaboradores. 

O futuro dos escritórios?

Vários são os exemplos de empresas que já adotaram espaços de trabalho mais modernos, diferenciadores e capazes de proporcionar uma sensação de bem-estar aos colaboradores. Esta tendência é reforçada igualmente pela entrada da geração Z no mercado de trabalho.

New meeting rooms google[capture:  Cayce Clifford/The New York Times]

Neste seguimento, os escritórios adaptaram-se a uma nova realidade, alguns dos quais implementando pequenas salas de reunião em “cápsulas” e mesas livres em diferentes áreas para que qualquer colaborador possa mudar de ambiente de trabalho em segundos.

O escritório tradicional está assim a ser ultrapassado por um novo conceito onde a distância social, as videochamadas e os ambientes em espaço aberto se conjugam.

A adaptação das empresas à automação e à Inteligência Artificial.

Também a inteligência artificial e a automação registaram um investimento por parte das empresas. A existência de limitações de contactos entre as pessoas levou ao crescimento da indústria da robótica em várias partes do mundo, como por exemplo na China. 

Muitas foram as empresas que implementaram a automação e a Inteligência Artificial em armazéns, supermercados, call-centers e fábricas para reduzir a densidade de mão de obra no local de trabalho e responder aos picos de procura. Existiu neste sentido uma correlação entre dois pontos: quanto maior a interação humana no local de trabalho, mais elevada a adoção de processos de automação.

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