6 cidades obrigatórias para os amantes de arquitetura

Verão é sinal de férias, mas qualquer altura do ano é ótima para viajar, concorda? Cada um de nós viaja por motivos diferentes. Ainda que interligados, muitas vezes, temos sempre um tema que nos chama mais a atenção. Ora procuramos conhecer a parte mais cultural e histórica, através de diferentes museus, ora preferimos roteiros que são uma verdadeira ode à gastronomia, ou então aproveitamos para descobrir tudo sobre as construções e arquitetura do local.

 

Se faz parte dos últimos, dos que se deixa facilmente levar pela beleza dos edifícios e pelos detalhes arquitetónicos, descubra neste artigo 6 exemplos de cidades, a nível mundial, que se destacam num estilo arquitetónico, emblemático.

 

Atenas (Grécia), um museu aberto de arte Clássica

 

Perder-se nas ruínas de Atenas, tão reconhecidas a nível internacional, fazem-nos recuar no tempo, até à Grécia Antiga. O trabalho em pedra remonta ao ano 400 aC, onde os templos são sustentados por filas de colunas sem fim à vista e as esculturas de divindades fazem parte do imaginário comum.

De facto, sabemos hoje que a arquitetura clássica tinha uma função pública e ocupava-se, sobretudo, de assuntos religiosos e de acontecimentos importantes, como as competições desportivas.

 

Parthenon, Atenas

 

Exemplo perfeito da arquitetura clássica, é o Templo de Hefesto. Conhecido durante muito tempo como Templo de Teseu, é hoje o melhor templo grego em termos de conservação. Destaque, também, para o Templo de Zeus Olímpico, dedicado ao mesmo deus, também conhecido como Olimpeu, e localizado no centro da capital grega. Não podemos deixar de referir o icónico Parthenon, provavelmente o exemplo mais afamado da arquitetura grega clássica.

Sabia que este edifício, ao longo dos seus anos, já teve diferentes usos, como uma igreja dedicada à Virgem Maria, no final do século VI, e uma mesquita após a conquista otomana, no início de 1460?

 

 

Roma (Itália), a capital do Barroco

 

Visitar a cidade de Roma, é descobrir um livro aberto dedicado, praticamente, a todos os estilos de arquitetura. Todavia, existe um que se destaca consideravelmente: o barroco! Hoje, a cidade é provavelmente o maior centro da arquitetura barroca do século XVII.

Sabia que no barroco impera o emocional sobre o racional, uma vez que o seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através da emoção e não apenas pelo raciocínio?

Fontana di Trevi, Roma

 

É precisamente sobre este ideal que Roma reuniu os maiores artistas da época para renovar o centro da cidade, praças, igrejas, fontes, palácios, e tantos outros edifícios. Para conhecer de perto e apreciar os detalhes mais exuberantes deste movimento não deixe de visitar a Praça de São Pedro, de Bernini, que é o exemplo mais conhecido do foro urbanístico do barroco; a Praça de Espanha, com a sua famosa escadaria; a Fontana di Trevi, a maior fonte barroca da Itália com quase 26 metros de altura e 20 metros de largura; e, ainda, a Igreja de Sant’Ivo alla Sapienza, considerada uma das obras-primas de Borromini.

 

 

Paris (França), a obra-prima da arquitetura Gótica

 

Na margem do Rio Sena, Paris é destino do amor, mas também dos amantes da cultura, da arte e, claro, da arquitetura gótica, que tem como principal inovação, na época, a invenção do teto côncavo, em forma de ogivas e arcos diagonais que permitem uma autêntica elevação do edifício, em todos os sentidos.

Sabia que o principal objetivo de construir templos com estruturas tão audaciosas regia-se pelo princípio “Quanto mais alto o templo, mais perto de Deus o homem está”?

A Catedral Notre-Dame, uma das principais construções medievais de Paris que teve início em 1163, é, provavelmente, o expoente máximo do estilo gótico. Ainda que tenha sido iniciado em Inglaterra, é nos arredores de Paris também que poderá admirar o primeiro projeto “totalmente gótico” e que inspirou outros edifícios: a Basílica de Saint Denis.

 

Sainte Chapelle, Paris

 

Destaque, ainda, para a Sainte Chapelle, uma verdadeira joia da arquitetura gótica. Edificada para abrigar as Relíquias da Paixão de Cristo, este edifício coloca em relevo outro elemento essencial da construção gótica, o vitral.

 

 

Quioto (Japão), a autenticidade da arquitetura Japonesa

 

Com mais de 2 mil templos budistas, visitar Quioto é viajar no tempo. Considerada, por muitos, o coração da cultura japonesa, esta cidade guarda não só a história e a arquitetura típica japonesa, mas também muitos dos costumes tradicionais.

Sabia que Quioto foi a capital imperial do Japão, durante mais de 1000 anos, até ela ser transferida para Tóquio em 1868? E, ainda, que reúne 17 sítios classificados pela Unesco?

 

amantes de arquiteturaTemplo Kinkaku-Ji, Quioto

 

Para descobrir mais sobre a arquitetura japonesa não pode deixar de visitar o santuário Fushimi Inari, que ficou famoso como cenário do filme “Memórias de uma Gueixa”, e reúne milhares de Torii (portões que simbolizam a abertura para um estado divino e são oferecidos por devotos). Outros locais que não pode perder são Kinkaku-Ji, também conhecido como “o templo dourado”, uma vez que é revestido por uma folha de ouro, o templo Nishi Honganji e a Vila Imperial Katsura.

 

 

Lisboa (Portugal), a originalidade do estilo Manuelino

 

Na transição do Gótico para o Renascimento, o estilo Manuelino tomou conta dos Paços de Lisboa e Sintra, bem como dos edifícios que estavam a ser construídos na altura, como é o caso dos Jerónimos ou da Torre de Belém.

Sabia que o estilo Manuelino, que deve o seu nome ao rei D.Manuel I, é uma forma de arte única no mundo, e que nasceu em Lisboa no final do século XV?

É nesta época que surgem inúmeros monumentos, onde a dimensão e profundidade dos arcos e torcidos, os elementos naturalistas, estranhas formas marinhas, a Esfera Armilar e a Cruz de Cristo, que decoram cornijas, fachadas e abobadas, criam o estilo Manuelino puro.

amantes de arquitetura

Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa

 

Para poder admirar os ínfimos detalhes deverá contemplar de perto, em Lisboa, a Torre de Belém. Construída em homenagem a S. Vicente, padroeiro de Lisboa, o seu interior é rico em adornos esculpidos na pedra, esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturais, como um rinoceronte. Bem perto, poderá visitar também o Mosteiro dos Jerónimos, uma das obras que melhor exprime esta arquitetura e que foi encomendado pelo próprio D. Manuel I pouco depois do regresso de Vasco da Gama da India. Destaque, ainda, para a Igreja da Conceição Velha, a nascente da Praça do Comércio. A sua fachada é uma das melhores estruturas do manuelino sobrevivente ao grande terramoto e está classificada como monumento nacional desde 1910.

 

 

Dubai (Emirados Árabes Unidos), o expoente da arquitetura Contemporânea

 

O Dubai é, talvez, pela paisagem arquitetónica exuberante que enche os olhos, o melhor lugar para visitar obras de arquitetura moderna. A cidade, que é composta por uma linha de horizonte repleta de arranha-céus e construções pioneiras, a todos os níveis, caracteriza-se por ter vários recordes em dimensão dos seus projetos. Por exemplo, não poderá deixar de visitar o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, com 828 metros de altura ou o Burj Al-Arab, com 320 metros de altura em formato de vela, classificado como o primeiro hotel “sete estrelas” do mundo.

Dubai

Sabia que o Dubai detém uma das torres mais altas do mundo com uma espiral/torcido de 90 graus? É o Cayan Tower!

Outras construções que também impressionam pela magnitude e pela inovação são, por exemplo, a Ópera de Dubai ou o Museu do Futuro, o último ex-libris da cidade e que já é descrito como um dos edifícios mais bonitos do mundo.

Definitivamente a cidade é, hoje, um destaque mundial na arquitetura futurista.

 

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