No debate “Cidades em Movimento: Epicentros de Dinamismo”, que decorreu no âmbito da Apresentação Pública do Spark, em Matosinhos, especialistas do setor público e privado discutiram como é que esses centros podem se afirmar como polos regeneradores de cidades e contribuir para experiências urbanas mais ricas e diversificadas. A conversa, teve quatro eixos fundamentais: regeneração urbana, mobilidade, diálogo transparente entre os setores público e privado e sustentabilidade.
A conversa contou com a moderação do jornalista Abel Coentrão, e teve a participação de:
Os Centros Empresariais 2.0 transcendem a função tradicional de ser apenas locais de trabalho. Eles representam uma visão inovadora que une:
Esses centros têm o potencial de revitalizar áreas subutilizadas ou degradadas, transformando-as em polos pulsantes de vida urbana. Isso, no entanto, requer uma abordagem coordenada entre o setor público e privado.
“Nós, enquanto autarquia, ficamos muitas vezes entre a espada e a parede, tentando conciliar as expectativas do promotor privado com as exigências do quadro legislativo e as necessidades do interesse público. O desafio é não estragar aquilo que nos foi dado, como o clima e a qualidade de vida, enquanto garantimos um desenvolvimento sustentável.” – Carlos Mouta – Câmara Municipal de Matosinhos
Um ponto central do debate foi o reconhecimento de que a regeneração urbana bem-sucedida exige um diálogo transparente entre os setores público e privado. Quando ambos os lados trabalham em parceria, é possível:
Essa colaboração é particularmente importante em temas como mobilidade urbana, infraestruturas e regulamentação, áreas em que o setor público oferece suporte fundamental para que o setor privado atue com impacto.
“Espaços como este (Spark) têm o potencial de redesenhar a mobilidade urbana, integrando soluções de transporte coletivo, tecnologias sustentáveis e uma abordagem mais racional ao uso do automóvel. Este é o momento de criar cidades onde a mobilidade contribua para a qualidade de vida e não para o aumento da poluição e do trânsito.” – Sandra Melo – CEiiA
A mobilidade urbana também foi amplamente debatida como um fator chave na dinamização económica e na criação de comunidades conectadas. Em cidades dinâmicas, a mobilidade vai além de facilitar a deslocação: ela molda experiências urbanas e influencia diretamente o crescimento.
Foram destacados pontos como:
“Cidades e edifícios são organismos vivos pelas pessoas que os habitam. Atrair talentos e desenvolver comunidades vibrantes é essencial para criar centros que não sejam apenas locais de trabalho, mas também epicentros de inovação e colaboração. É assim que criamos um capital humano forte, que é o maior ativo de qualquer território.” – Tiago Carvalho Araújo – Work in | De House
Ao posicionar os Centros Empresariais 2.0 como catalisadores de transformação, o debate destacou o impacto positivo que a regeneração urbana pode ter na vida das pessoas. Mais do que espaços funcionais, esses centros criam novas experiências urbanas ao unir:
“A promoção imobiliária é transformadora. Este tipo de empreendimento não só atrai empresas de alto valor agregado, como também contribui para mudar a economia e criar um compromisso com o território. O setor imobiliário, quando bem direcionado, pode ser um motor de desenvolvimento, alavancando regiões e respondendo às necessidades da sociedade.” – Ricardo Guimarães – Confidencial Imobiliário