Depois de um ano de pandemia, e ainda num contexto de bastante incerteza, é difícil fazer previsões relativamente à evolução do mercado imobiliário em 2021. De acordo com a CBRE, o mercado vai registar diferentes velocidades.
Assim, segundo o relatório “Tendências do Mercado Imobiliário em 2021”, existem os seguintes cenários possíveis:
Estando Portugal na mira dos investidores estrangeiros, existem perspetivas animadoras. Durante a sessão de apresentação do Real Estate Market Outlook 2021, Nuno Nunes, responsável pela área de investimento da CBRE, partilhou que “a expetativa é de que 2021 seja um novo ano, se não mesmo um ano recorde”. Tudo dependerá, claro está, da resposta do país à COVID-19.
Neste artigo vamos então explorar quatro tendências do setor imobiliário em 2021:
Investimento imobiliário pode alcançar os 3 mil milhões de euros.
O mercado imobiliário português continua e continuará a ser um ativo atrativo para os investidores. Depois de, em 2020, se ter registado o terceiro maior valor em investimento, há a expectativa de que o setor ultrapasse novamente a barreira dos 3 mil milhões de euros em 2021.
Neste sentido, os promotores imobiliários vão continuar ocupados, tendo em conta que existe uma enorme escassez de habitação. Por outro lado, Portugal continua não só dentro do radar da comunidade internacional de investimento, como também ao nível local.
Apesar do teletrabalho, procura por escritórios vai continuar
A COVID-19 veio ditar um novo conceito na vida dos trabalhadores: o remote work. Ainda assim, é expectável que o mercado de compra e arrendamento de escritórios se mantenha dinâmico. Ainda que as empresas adotem um modelo híbrido de trabalho, a necessidade de ir ao escritório continuará a existir.
Recuperação gradual dos centros comerciais a partir da Primavera
Com o novo confinamento, os centros comerciais voltaram a ser prejudicados. No entanto espera-se que após a Primavera exista uma recuperação gradual.
De salientar ainda que os Retail Parks, em espaço aberto, conseguiram evitar uma queda na procura. Em determinados casos, inclusivamente, algumas das categorias de negócio que os integram registaram melhores resultados face ao ano anterior: supermercados, lojas de artigos para o lar ou de bricolage.
Preço das casas deverá manter-se estável
Apesar da pandemia, o preço das casas (para compra ou arrendamento), não sofreu uma grande quebra. Tendo em conta que a procura de produto continua a existir, a variação dos valores não se fez sentir. Ainda assim, em 2021 espera-se que o preço das casas em segunda mão possa ser mais evidente.
Por outro lado, com a possibilidade de trabalho remoto, o interesse em imóveis longe dos centros urbanos deverá aumentar, assim como o seu custo de investimento.
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